INDEPENDENCIA OU MORTE!


Comemoramos neste mês de setembro, a libertação do Brasil do jugo colonial português. A independência de uma nação pode ser dividida em 3 etapas: POLÍTICA, ECONÔMICA e SOCIAL.
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Com a proclamação em 7 de setembro de 1822 (há 185 anos), nosso país conquistava sua soberania, a independência POLÍTICA. Mas, do ponto vista econômico, o país era totalmente dependente do capital externo (principalmente o inglês) e dependia de monoculturas (café, cana de açúcar, etc). Na parte social, nem precisamos falar, uma vez que a escravidão foi mantida e toda a riqueza estava nas mãos de alguns nobres.
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Com quase dois séculos de atraso, conquistamos a segunda independência, a ECONÔMICA: 1) O Brasil atinge US$ 161,5 bilhões de reservas internacionais, o que nos dá fôlego para enfrentar as crises do mercado internacional. 2) Pela primeira vez podemos honrar nossos compromissos sem recorrer ao F.M.I.; 3) o saldo da balança comercial é positivo: US$ 46 bilhões; 4) Somos auto-suficientes na produção dos principais alimentos que consumimos, nos minerais e demais commodities; 5) Alcançamos, também, a auto-suficiência na produção de petróleo, que já supera a demanda nacional; A previsão é que em 7 anos seremos os maiores produtores da América Latina (deixando México e Venezuela para trás); 6) O governo (união, estados e municípios) arrecada por ano, mais de 700 bilhões de reais (apesar do modo predatório e injusto que esta arrecadação é feita).
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Quantos anos (décadas? séculos?), vamos esperar a terceira, definitiva e mais importante independência: A SOCIAL?
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Apesar de todo este cenário econômico favorável, a questão social é dramática. Somos campeões mundiais de desigualdade. Nos indicadores internacionais de desigualdade, o Brasil só perde para países africanos, como Serra Leoa e outros. Fome e luxo convivem num mesmo palco.
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Porque não conseguimos avançar? Eu destacaria três pragas que corroem nossas chances de libertação: 1) INCOMPETÊNCIA GERENCIAL: os recursos públicos são desperdiçados pela incapacidade administrativa e má escolha das prioridades; 2) CORRUPÇÃO: este mal sangra os cofres públicos, animada pela falta de fiscalização e impunidade; 3) SONEGAÇÃO: bilhões de reais de impostos não são recolhidos por quem deveria. A classe média, trabalhadores e pequenos empresários são obrigados a suportar uma brutal carga tributária, enquanto outros enriquecem ilicitamente.
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Aí está parte da solução para nossa completa independência: Eficiência e profissionalismo na gestão pública aliada ao combate vigoroso da corrupção e sonegação fiscal.
Quantos ”setes de setembros” vamos esperar para esta comemoração?

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