2012: O FIM DO MUNDO !

       Os maias estavam certos: chegamos no fim do mundo, pelo menos, do mundo como conhecemos. 

O fim do mundo começou no final dos anos 80. Karl Marx havia finalmente morrido nos escombros do muro de Berlim e nas estatuas de Lenin que eram implodidas na antiga “cortina de ferro”. Reagan e Margareth Tatcher foram os grandes arquitetos de novo mundo, privatizações e desregulamentação entregaram a economia totalmente ao mercado. Afinal os governos sempre corruptos e ineficientes só atrapalhavam. Nasceu o “O consenso de Washington” onde o FMI, Banco Mundial e Tesouro Americano davam a receita aos países pobres e em desenvolvimento: redução dos gastos públicos, menos impostos, privatização de todas as estatais, afrouxamento de leis econômicas e trabalhistas, desregulamentação do setor financeiro e outras medidas.

 Na primeira década do século XXI a grande crise econômica internacional demonstrou o quanto errado estava a “receita milagrosa”: a falta de controle dos bancos centrais americanos e europeus criou micos gigantescos (verdadeiros king-kongs). A prosperidade era falsa. Como o muro de Berlim caiu no fim do século passado, o novo milênio contemplou a queda do muro de Washington.  Seria o fim também do capitalismo???

Mas o comunismo já havia morrido, se o capitalismo morrer também, o que sobra?
Sobra um mundo sem “...ismos”, sem “...istas”.

Do socialismo ficou o conceito de igualdade, justiça social e força do Estado no controle de economia.  O capitalismo também cumpriu o importante papel de eliminar a escassez, libertando o homem dos caprichos da natureza e premiando com riqueza os mais competentes.

Um mundo onde o governo interfira na economia para equilibrar as diferenças sociais e regulamentar/fiscalizar os setores produtivos. Onde as empresas privadas consigam produzir lucros para os acionistas e ao mesmo tempo: entregar produtos/serviços de qualidade aos consumidores, proporcionar remuneração justa aos trabalhadores e investir no desenvolvimento sócio-ambiental da comunidade.


A receita é um Estado ao mesmo tempo forte e democrático (Estado Social de Direito) e um economia privada consciente de sua responsabilidade socio-ambiental.

Mais curioso ainda e ver analistas liberais, aceitarem a mão do Estado como força salvadora do sistema, veja o que pensa agora Delfin Neto: “... precisamos de REGULAÇÃO ENÉRGICA E INTELIGENTE, que, sem eliminar as inovações, passe a controlar os próprios riscos e leve em conta a possibilidade de riscos sistêmicos.” (artigo: "Como foi possivel?" in Carta Capital, 09/04/2009)

É ... realmente é o fim do mundo !

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