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Mostrando postagens de 2011

ESTADO MAIOR

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Volto hoje a tratar do velho tema do tamanho do ESTADO. Sempre que pipocam os escândalos (verdadeiros ou fabricados) de corrupção na máquina administrativa, a velhas vozes defensoras do estado mínimo ficam assanhadas e receitam a velha fórmula da privatização e redução do aparelho estatal. Ficam repetindo que o Brasil tem funcionário público demais, que são todos marajás e incompetentes. Argumentam que é só deixar o mercado agir com liberdade, que todos os problemas de emprego e distribuição de renda se resolveram. São pensadores que acendem vela para o santo padroeiro dos conservadores: Adam Smith. Aquele que entendia que era só deixar a “mão invisível” da livre-iniciativa agir, que tudo se resolveria. É fácil defender um governo menor quando se está alojado nos andares de cima do edifício social brasileiro. É fácil pedir um Estado menos presente, quando se tem um bom plano de saúde, um apartamento num condomínio cercado de ótima segurança física e eletrônica. Acesso a educação par

RESGATE SOCIAL

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"Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância!" (Jo 10,10) O Governo Federal lançou esta semana o plano BRASIL SEM MISÉRIA com o objetivo de tirar da extrema pobreza cerca de 16 milhões de pessoas. São famílias com renda de até R$ 70,00/mês per capita (ou pouco mais de 2 reais por dia). O plano sustenta-se em 3 pilares: 1) Renda: com a expansão do Bolsa-Família, incluindo mais 1,3 milhões de beneficiários e a criação da Bolsa Verde para famílias em área de floresta; 2) Trabalho: qualificação profissional nas cidades e expansão dos programas de apoio à agricultura familiar; 3) Serviços Públicos: ampliação de serviços de saneamento, saúde e educação voltados para a população mais carente. Não tenho a ingenuidade de acreditar que este plano será perfeitamente implantado e milagrosamente vai resgatar estes brasileiros da miséria, mas já é um primeiro passo. Nem o mais ferrenho oposicionista pode deixar de reconhecer que nos últimos 10 anos, 28 milhões de pessoas saír

CASA GRANDE & SENZALA: RH E EXCLUSÃO SOCIAL.

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Fala-se de “apagão de talentos”, mas por outro lado temos um contingente enorme de profissionais excluídos do mercado de trabalho por uma miopia dos envolvidos com recrutamento e seleção. O que há de comum nos anúncios de recrutamento e seleção de trainee para grandes empresas? Os requisitos graduação completa (ou em conclusão) e Inglês avançado são exigidos textualmente. Outras exigências estão subentendidas: que a formação seja numa escola de “primeira linha” e que os candidatos sejam parecidos com os da fotografia que ilustra o anúncio (jovens, brancos e de “boa aparência”). Vamos visualizar o candidato que será selecionado: jovem (branco), nascido em família classe média alta, estudou em escolas particulares desde os 3 anos de idade, freqüentou cursos de idiomas desde a infância. Estudou durante o dia, pois os pais pagaram a faculdade. E claro ... viajou para Disneylândia. E aquele que nem pode candidatar-se a esta vaga, quem é? Nasceu em uma família pobre e com muito esforço

IDÉIAS PARA UM NOVO GOVERNO: ECONOMIA.

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Não há como negar que o Brasil mudou para melhor nesta primeira década do século XXI: 20 milhões de pessoas deixaram a miséria extrema e outras 30 milhões alcançaram a classe média, num dos maiores movimentos de ascensão social ocorridos na história. Mas o desafio para o futuro é enorme: consolidar nosso crescimento econômico com desenvolvimento social. Ouso dar uns “pitacos” para nossa presidente, quanto a economia e desenvolvimento: INFLAÇÃO: A presidente precisa corrigir aqueles economistas ortodoxos que sempre receitam juros elevados para combater a alta inflacionária. Estes “especialistas” acham que a atual alta dos índices é reflexo da alta demanda, que o remédio é conter o consumo via alta dos juros e aperto no crédito. Não vivemos uma inflação de demanda e sim de custos. As commodities (carne, algodão, soja, etc) tiveram alta no ano passado forçando os preços para cima. Os custos gerais das empresas estão elevados. Aumentar os juros e dificultar o crédito só aumenta o problema