C.P.M.F. II - A REVANCHE.


Meu ultimo post a favor da C.P.M.F. causou o efeito esperado, recebi diversos e-mails questionando os argumentos. A maior parte dos argumentos contrários repete os pontos veiculados pela “grande mídia”, entidades empresariais e “especialistas em economia”.

Volto ao assunto para esclarecer alguns pontos que podem ter ficados obscuros:
Sou a favor da C.P.M.F. como tributo que substitua outros mais perversos como o Imposto de Renda e aqueles que incidem sobre a folha de pagamento, onerando o processo produtivo.
Sou a favor da manutenção da C.P.M.F. (e o aumento de sua alíquota) substituindo outros encargos.

O Professor Marcos Cintra (doutor pela Universidade de Harvard, Vice-Presidente da Fundação Getulio Vargas) em uma entrevista explica que a campanha contra a CPMF apenas reflete uma reação genérica contra a alta carga tributária. Expõe o injusto sistema tributário brasileiro, onde o governo tributa onde é mais fácil: o trabalho de carteira assinada e as empresas organizadas. O professor é defensor do Imposto Único sobre a movimentação financeira, uma vez que este incidiria sobre uma base universal. Explica que nosso sistema fortemente declaratório está falido.
Cita os fortes adversários desta tributação sobre movimentação financeira: a burocracia pública (pois o atual sistema favorece a multiplicação de cargos, a corrupção) e a burocracia privada (profissionais que ganham a vida graças a complexidade do nosso sistema tributário).
O especialista cita o maior inimigo: “O sonegador é a forma mais insidiosa de oposição. Não diz que é contra porque sonega mais do que o concorrente e sabe que só sobrevive por isso. Ele trabalha ferozmente contra o imposto único, cria esse ambiente de contrariedade à proposta”. (Folha de São Paulo, 10/09/2007, folha A12).

O mesmo professor fez um estudo onde constata que uma CPMF de 0,81% poderia substituir todos os encargos recolhidos ao INSS pelas empresas (imagine o impacto positivo sobre a saúde financeira das empresas, o aumento do emprego e a redução dos preços). à http://www.marcoscintra.org/novo/geral.asp?id=702

Tais argumentos reforçam minha posição a favor da C.P.M.F., desde que tenhamos uma redução (ou extinção) de outros tributos bem mais injustos.

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