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JOSUÉ DE CASTRO: POR UM MUNDO SEM FOME.

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Todos os anos, a Fundação Banco do Brasil em parceria com a Fundação Assis Chateubriant promove um concurso de redação sobre uma personalidade da historia brasileira, que tenha contribuido para o progresso social do país. No ano de 2004, foi promovido o "10º Prêmio Nacional Assis Chateaubriand/Projeto Memória - Fundação Banco do Brasil", o tema era Josué de Castro, pioneiro no estudo sobre a fome no Brasil e no mundo. Eu participei com a redação abaixo e agora publico neste blog, tendo em vista a atualidade da tema: ----------------------------------------------------------------------------------- JOSUÉ DE CASTRO: ALIMENTANDO A LUTA CONTRA A FOME.             O homem do século XX, sempre sonhou com um terceiro milênio de paz, harmonia e desenvolvimento tecnológico, mas infelizmente o cenário atual decepcionou o pior dos pessimistas. O século XXI caiu sobre nossas cabeças com todas as mazelas que marcaram o passado, elevadas a uma potencia ainda maior. Políticas

Demonização dos políticos: a quem interessa?

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É preocupante o rumo que o debate político está tomando no Brasil. Uma discussão emocional, superficial e até mal-intencionada que induz o cidadão brasileiro a acreditar que todo político é ladrão e que o sistema legislativo brasileiro é caro e improdutivo. A denúncia dos escândalos de corrupção e improbidade administrativa veículos pela “grande mídia” não cumpre a missão de informar o leitor/telespectador e discutir as causas e soluções para o problema. Visam apenas um tratamento superficial da matéria, apenas com o objetivo de enlamear honras e prejudicar governos. A corrupção existe, é endêmica e precisa ser combatida por todos. Mas demonizar a classe política só interessa aos inimigos da democracia. Existem políticos malfeitores? Existem (e bastante). Mas a generalização é perigosa e burra. Se aparece uma denuncia de pedofilia contra um padre, eu vou deixar de ser católico? Se surge um pastor ladrão, eu vou abandonar minha igreja evangélica? Se leio que um erro médico matou um p

2012: O FIM DO MUNDO !

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        Os maias estavam certos: chegamos no fim do mundo, pelo menos, do mundo como conhecemos.   O fim do mundo começou no final dos anos 80. Karl Marx havia finalmente morrido nos escombros do muro de Berlim e nas estatuas de Lenin que eram implodidas na antiga “cortina de ferro”. Reagan e Margareth Tatcher foram os grandes arquitetos de novo mundo, privatizações e desregulamentação entregaram a economia totalmente ao mercado. Afinal os governos sempre corruptos e ineficientes só atrapalhavam. Nasceu o “O consenso de Washington” onde o FMI, Banco Mundial e Tesouro Americano davam a receita aos países pobres e em desenvolvimento: redução dos gastos públicos, menos impostos, privatização de todas as estatais, afrouxamento de leis econômicas e trabalhistas, desregulamentação do setor financeiro e outras medidas.  Na primeira década do século XXI a grande crise econômica internacional demonstrou o quanto errado estava a “receita milagrosa”: a falta de controle dos bancos centrais amer

DO CAPITAL AO SOCIAL

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RESPONSABILIDADE SOCIAL: DEVER OU LIBERALIDADE?   “Retirar o capital, os bens de produção do estado de ócio (aspecto estático), consiste, pois, em utilizá-los em qualquer empresa proveitosa a si mesma e à comunidade. É dinamizá-los para produzirem novas riquezas, gerando empregos e sustento aos cooperadores da empresa e à comunidade. É substituir o dever individual, religioso, de dar esmola pelo dever jurídico inspirado no compromisso com a comunidade, de proporcionar-lhe trabalho útil e adequadamente remunerado” IZABEL VAZ (Direito Econômico da Propriedade. 2ª ed. Forense, 1993).               A expressão RESPONSABILIDADE SOCIAL é interpretada de diversas formas pelas empresas. Algumas entendem que RS resume-se ao cumprimento da finalidade institucional da sociedade empresária: Lucro aos acionistas + salários aos funcionários + impostos ao governo. Outras empresas, além deste tripé básico, contribuem com obras e programas sociais, sem se envolver com a gestão destas atividades.  Fin

ESTADO MAIOR

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Volto hoje a tratar do velho tema do tamanho do ESTADO. Sempre que pipocam os escândalos (verdadeiros ou fabricados) de corrupção na máquina administrativa, a velhas vozes defensoras do estado mínimo ficam assanhadas e receitam a velha fórmula da privatização e redução do aparelho estatal. Ficam repetindo que o Brasil tem funcionário público demais, que são todos marajás e incompetentes. Argumentam que é só deixar o mercado agir com liberdade, que todos os problemas de emprego e distribuição de renda se resolveram. São pensadores que acendem vela para o santo padroeiro dos conservadores: Adam Smith. Aquele que entendia que era só deixar a “mão invisível” da livre-iniciativa agir, que tudo se resolveria. É fácil defender um governo menor quando se está alojado nos andares de cima do edifício social brasileiro. É fácil pedir um Estado menos presente, quando se tem um bom plano de saúde, um apartamento num condomínio cercado de ótima segurança física e eletrônica. Acesso a educação par

RESGATE SOCIAL

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"Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância!" (Jo 10,10) O Governo Federal lançou esta semana o plano BRASIL SEM MISÉRIA com o objetivo de tirar da extrema pobreza cerca de 16 milhões de pessoas. São famílias com renda de até R$ 70,00/mês per capita (ou pouco mais de 2 reais por dia). O plano sustenta-se em 3 pilares: 1) Renda: com a expansão do Bolsa-Família, incluindo mais 1,3 milhões de beneficiários e a criação da Bolsa Verde para famílias em área de floresta; 2) Trabalho: qualificação profissional nas cidades e expansão dos programas de apoio à agricultura familiar; 3) Serviços Públicos: ampliação de serviços de saneamento, saúde e educação voltados para a população mais carente. Não tenho a ingenuidade de acreditar que este plano será perfeitamente implantado e milagrosamente vai resgatar estes brasileiros da miséria, mas já é um primeiro passo. Nem o mais ferrenho oposicionista pode deixar de reconhecer que nos últimos 10 anos, 28 milhões de pessoas saír

CASA GRANDE & SENZALA: RH E EXCLUSÃO SOCIAL.

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Fala-se de “apagão de talentos”, mas por outro lado temos um contingente enorme de profissionais excluídos do mercado de trabalho por uma miopia dos envolvidos com recrutamento e seleção. O que há de comum nos anúncios de recrutamento e seleção de trainee para grandes empresas? Os requisitos graduação completa (ou em conclusão) e Inglês avançado são exigidos textualmente. Outras exigências estão subentendidas: que a formação seja numa escola de “primeira linha” e que os candidatos sejam parecidos com os da fotografia que ilustra o anúncio (jovens, brancos e de “boa aparência”). Vamos visualizar o candidato que será selecionado: jovem (branco), nascido em família classe média alta, estudou em escolas particulares desde os 3 anos de idade, freqüentou cursos de idiomas desde a infância. Estudou durante o dia, pois os pais pagaram a faculdade. E claro ... viajou para Disneylândia. E aquele que nem pode candidatar-se a esta vaga, quem é? Nasceu em uma família pobre e com muito esforço